O Cavalinho Alípio • Campanha de Julho e Agosto do Clube das Criaturas Fantásticas

Olá querido leitor! Desejo que você esteja se sentindo bem ao ler este texto escrito com muito carinho para você. 

A névoa ainda sobe pelas manhãs. Acabamos de ter uma ou duas semanas de clima excepcionalmente quente, destoando por completo da época em que estamos. Esta manhã está um pouco mais frio e a chuva voltou, então estou vestindo um velho suéter aconchegante, tomando um pouco de chá com com a companhia de um gosto recém adquirido, tem uma vela de cera de abelha acesa perfumando o ambiente.

Desejo compartilhar um pouco sobre o Alípio, meu mais novo projeto distribuído aos assinantes do Clube das Criaturas Fantásticas. Coloquei tanto tempo e energia nesse empreendimento que acumulei uma riqueza de material para compartilhar. No entanto, percebo que reunir todos esses pensamentos e experiências em apenas um post pode se tornar cansativo para você, querido leitor. Por isso, decidi dividir essa jornada em três partes distintas.

Neste primeiro post, quero explorar a parte lúdica, onde todas as referências e ideias se misturam em um caldeirão de criatividade. É um momento fascinante para quem deseja criar seus próprios padrões, mas pode se sentir um pouco perdido, sem saber por onde começar e ter um trabalho autoral. Nos próximos posts, abordarei o processo mecânico, as técnicas e os materiais que utilizei para tornar essas ideias palpáveis. 🍃

Apesar de não poder conviver diretamente com cavalos devido ao espaço limitado em meu apartamento, optei por gatos ou unicórnios, já que estes últimos podem se adaptar a qualquer dimensão de espaço. Brincadeiras à parte, enquanto levo Aurora para a escola, frequentemente nos deparamos com a cavalaria, e nós sempre paramos por alguns segundos para observar os cavalos, então, vejo cavalos praticamente todos os dias. Além disso, já li e vi diversos livros e filmes, nos quais os cavalos desempenham papéis tanto coadjuvantes quanto principais nas histórias. Para mim, os cavalos são mais do que meros animais, são espíritos livres que despertam uma paixão profunda e uma conexão espiritual e mística. Pégasus, unicórnios, hipogrifos e centauros são apenas alguns exemplos de todas as formas e tamanhos que um cavalo pode ter.

Há muito tempo, a ideia de criar uma criatura fantástica inspirada em cavalos esteve presente em minha mente, mas cavalos é só tema, precisa de várias outros ingredientes para se ter um amigurumi. Primeiro, começo com pesquisas minuciosas, buscando referências, quanto mais referências acumular, melhor, e o mais interessante é que referências não ocupam espaços nos armários (risos) e mergulhando em ler sobre anatomia, cores de pelagem, crinas, nos tamanhos e na força desses majestosos animais. Descobri, por exemplo, a existência dos cavalos assilvestrados, que vivem em estado selvagem, mas são descendentes de cavalos domésticos que escaparam, foram abandonados ou soltos deliberadamente na natureza. Também fiquei impressionada com a beleza de raças que desconhecia, como o dourado Akhal Teke. Confesso que passei dias imersa nesse processo, observando e imaginando, combinando crinas de um com a cor de outro, tecendo com os meus neurônios mente uma criatura fantástica equina.

Quanto ao formato do corpo, decidi manter a mesma estrutura da vaquinha Mirabell para manter uma semelhança e ligação entre os padrões. Além disso, desejava uma crina esvoaçante e volumosa, com olhos doces, criando uma criatura com um olhar gentil. Após tricotar a criatura fantástica com esses pensamentos, fiz um rascunho no papel e anotei as referências do meu próprio trabalho, que desejava manter. Para a paleta de cores, escolhi inspirar-me nos Mustangs, cavalos assilvestrados dos Estados Unidos, que apresentam uma grande variação de tons, como caramelo, cinza, marrom e preto, e, ocasionalmente, branco. Optei por representar o padrão malhado, escolhendo um marrom claro e natural para o corpo, um tom de rosa bem clarinho e com um toque amarelado para o focinho, e preto para os cascos. Essa foi a paleta de cores escolhida para a primeira versão do Alípio.

Depois de concluir a primeira versão do Alípio, percebi que as características de um cavalo ficaram bem marcadas e o personagem é reconhecido sem a necessidade das cores reais. Isso me deu liberdade para explorar receitas usando cores fantasiosas e ideias criativas. Quando eu era criança e me preparava para ir à escola, costumava assistir ao desenho Cavalo de Fogo na TV. Gosto muito dessa história, que envolve um cavalo místico e falante capaz de atravessar portais, ele salvar uma bebê, levando-a em segurança para a Terra. Aos 13 anos, a protagonista descobre sua verdadeira identidade e embarca em uma missão ao lado do Cavalo de Fogo. Infelizmente, a série terminou sem um final definido, deixando muitas pontas soltas para a nossa imaginação. Hoje em dia, me pego distraída pensando nesses personagens.

O Cavalo de Fogo tem uma cor bem peculiar e característica: roxo escuro com nuances de vermelho, afinal, ele é um ser flamejante. Achei importante manter essa característica de cor no meu personagem, pois é justamente a cor que faz do Cavalo de Fogo ser reconhecido. Todas as terças-feiras, dou aulas presenciais aqui em Curitiba, no Armarinho as Mariposas. As aulas começam às 15:00 horas, mas eu gosto de chegar um pouco mais cedo para passear entre os novelos de lã e admirar as novidades. Em uma das sessões dos fios da Cervínia/Lanafil, encontrei o Catena Ribes, minha mais nova paixão. Fiquei tão feliz porque, entre as opções de cores, havia um novelo de um roxo profundo com nuances de vermelho… era como se aquele novelo fosse feito dos próprios pelinhos do Cavalo de Fogo! Não pude resistir e adquiri também um novelo mostarda para a crina e um bege para os cascos e o focinho. No desenho, o Cavalo de Fogo não possui uma divisão clara entre focinho e cascos, mas decidi adicionar essas divisões na minha versão.

Estou tão apaixonada por essa versão do Alípio que, quando o olho, sinto aquele calor reconfortante no coração, uma sensação de satisfação e contentamento pelo trabalho realizado. ♥︎

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Por fim, o nome Alípio foi escolhido também por uma referência da TV. Alípio é o cavalo do seriado Cocoricó, que minha irmã costumava assistir, e até hoje sei cantar a música da abertura (risos). Alípio significa “o que não sente tristeza”, “o que está muito contente”, “feliz”, o que combinou perfeitamente com o cavalinho meigo feito de lã.

Sinceramente, fiquei muito feliz com este projeto e me organizei para compartilhar muito conteúdo sobre ele. Meu desejo é ajudar você, de coração, de alguma forma em seu processo criativo ou despertar em você o desejo de se tornar membro do Clube das Criaturas Fantásticas. O funcionamento é simples: trata-se de um plano de assinatura em formato de campanhas bimestrais, onde você me apoia com um valor a cada dois meses. Esse apoio permite que eu continue com meu trabalho de criação de amigurumis em tricô.

A 04ª campanha é o Cavalinho Alípio e se você tem curiosidade de saber como são os meus PDFs e se vai conseguir le-los, aqui nesse destaque, mostrei como são os e-books do Clube das Criaturas Fantásticas.

O Clube é recorrente, cobrado a partir da data em que você realizou o pagamento. Por exemplo, na opção bimestral, o primeiro pagamento é em 15 de janeiro e o segundo será em 15 de março. Na opção anual, o pagamento é realizado uma vez por ano. Você pode assinar o Clube de duas formas:

Agradeço de coração pela sua leitura e interesse no meu trabalho. É através do apoio e incentivo dos leitores como você que posso continuar compartilhando minha paixão e criatividade.

Se você gostou do que leu, convido você a apoiar meu trabalho, seja compartilhando com um amigo, deixando um comentário ou, se possível, contribuindo de alguma forma, assinando o Clube das Criaturas Fantásticas ou adquirindo um e-book avulso na lojinha. Seu apoio é fundamental e me motiva a continuar criando conteúdo que possa inspirar e trazer alegria. Obrigado mais uma vez e espero que você continue acompanhando minhas aventuras e projetos futuros.